O Rei sobredotado que aos 2 anos
já falava 3 idiomas
D. Pedro V, filho primogénito de D. Maria II e de D.
Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, nasceu em Lisboa em 16 de Setembro de 1837 e aí
também morreu em 11 de Novembro de 1861, contando pouco mais de vinte e quatro
anos. Trigésimo primeiro rei de Portugal, ficou conhecido pelo cognome de “o
Esperançoso”.
Mas apesar de ter sido Rei de Portugal
durante muito pouco tempo por ter falecido muito jovem, D. Pedro V ficou para
sempre na memória do povo que assistiu aos seus nobres actos de bondade. Era um
Rei amado e acarinho e, sobretudo, muito inteligente. Tão inteligente que
ganhou fama de sobredotado.
D. Pedro V
Sucede ao trono de Portugal, pelo
falecimento de sua mãe, que morre com apenas 34 anos de idade, em 15 de
Novembro de 1853. D. Fernando II governa o reino na qualidade de regente
durante a menoridade de D. Pedro V.
D. Pedro aproveita os dois
anos da regência de seu pai para viajar pela Europa com o seu irmão D. Luís,
visitando, entre outros países, a Inglaterra, a Bélgica, a Alemanha e a
Áustria.
Em 16 de Setembro de 1855, ao
completar 18 anos, é aclamado rei e presta juramento perante as Cortes Gerais,
dedicando-se desde logo com total devoção aos negócios públicos. Casou em 29 de
Abril de 1858 com D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que viria a morrer
em Julho de 1859.
D. Pedro V. o seu irmão D. Luís e a Rainha Vitória de
Inglaterra
Teve uma notável preparação
moral e intelectual. Estudou ciências naturais e filosofia, dominava bem o
grego e o latim e chegou a estudar inglês. O seu espírito terá sido
influenciado pela convivência que teve com Alexandre Herculano, que foi seu educador.
Recebeu ainda inúmeros
conselhos sobre governação e sentido de Estado por Mário Jorge de Castro
Botelho, com quem trocava correspondência durante o período do seu reinado.
D. Pedro V
No entanto, antes de
completar 2 anos já falava português, alemão e francês. Aos 12 anos dedicava-se
ao estudo de filosofia e muitas vezes escrevia artigos anónimos nos jornais
nacionais sobre a importância das redes de caminhos de ferro para a
modernização do país.
D. Pedro V e a família Real portuguesa
Foi considerado um dos Reis
portugueses mais inteligentes e toda a gente depositava grandes esperanças no
seu reinado. No entanto, a sua morte prematura, aos 24 anos, veio entristecer
toda a sociedade da época e arruinar as expectativas da modernização do país.
Rainha
D. Estefânia: a esposa de D. Pedro V
Rainha de Portugal, era filha
do príncipe Carlos António de Hohenzollern-Sigmaringen e de Josefina de Baden,
a princesa Estefânia Frederica Guilhermina Antónia de Hohenzollern-Sigmaringen
nasceu em Sigmaringen, na Alemanha, a 15 de Julho de 1837 e faleceu em 1859.
Rainha D. Estefânia
Por conselho da rainha
Vitória de Inglaterra, sua parente, casou-se a 8 de dezembro de 1857 por
procuração com o rei D. Pedro V de Portugal. Como representante deste estava o
conde do Lavradio, e a representar o rei da Prússia (Frederico Guilherme IV,
líder da casa de Hohenzollern), o ministro Luís de Massow.
A 29 de Abril de 1858
realizou-se a cerimónia religiosa na igreja de Santa Edviges, em Berlim. D.
Pedro V foi representado pelo príncipe Leopoldo de Hohenzollern-Sigmaringen. A
17 de maio de 1858 D. Estefânia, acompanhada pelo príncipe Leopoldo de
Hohenzollern-Sigmaringen, chegou a Lisboa na corveta Bartolomeu Dias e o
casamento foi ratificado nesse dia na igreja de S. Domingos, com grandes
aclamações populares.
D. Estefânia, esposa de D. Pedro V
Faleceu catorze meses depois,
a 17 de Julho de 1859, vítima de uma angina diftérica que contraiu quando
visitou Vendas Novas.
O rei D. Pedro V cumpriu o desejo expresso pela rainha e mandou fundar um hospital com o seu nome em Lisboa, o D. Estefânia. Esta rainha era muito devota, tendo fama de ter sido muito bela e instruída.
O rei D. Pedro V cumpriu o desejo expresso pela rainha e mandou fundar um hospital com o seu nome em Lisboa, o D. Estefânia. Esta rainha era muito devota, tendo fama de ter sido muito bela e instruída.
Fonte: História de Portugal: Vortex Magazine […]